Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse hoje (29) que o leilão da faixa de 700 mega-hertz (MHz), que deve ser realizado no ano que vem, vai priorizar obrigações às empresas e não a arrecadação de recursos. A faixa deverá ser usada para oferecer serviço de telefonia móvel de quarta geração (4G).
“A nossa opção é parecida com o que fizemos no leilão e 2,5 giga-hertz [GHz], quando colocamos a exigências de internet rural, fazer 3G onde falta fazer e demos prazos para as empresas. Colocamos um monte de obrigações e as empresas pagaram menos”, disse, ao chegar para a abertura da 56ª edição do Painel Telebrasil, realizado pela Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil). O leilão de 2,5 GHz foi realizado em junho pela Anatel e arrecadou R$ 2,93 bilhões.
O ministro disse que, antes de fechar o modelo de licitação, é preciso conversar com a área econômica do governo. A faixa de 700 MHz está atualmente ocupada pelas emissoras de televisão analógica e a licitação depende da digitalização das TVs. “Não vamos ocupar a faixa com banda larga sem resolver o problema da digitalização. Temos que fazer um plano”, disse o ministro.
Durante a abertura do evento, o presidente da Telebrasil, Antonio Carlos Valente, comemorou a decisão do governo de licitar a faixa no ano que vem e pediu que o leilão ocorra ainda no primeiro semestre. “Esse pode ser o grande projeto de integração entre os setores de telecomunicação e radiodifusão, que pode trazer benefícios para toda a sociedade”.
Edição: Fábio Massalli