Brasil e Peru ampliam parcerias para combater narcotráfico nas fronteiras

31/10/2011 - 14h58

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Os governos de Brasil e Peru vão ampliar as parcerias que envolvem a segurança nas áreas de fronteira, para intensificar o combate ao narcotráfico e à violência. Os dois países também decidiram acelerar as negociações de acordos nos setores de energia e crescimento sustentável. Paralelamente, o presidente peruano, Ollanta Humalla, avisou que pretende desenvolver no Peru programas de transferência de renda nos moldes dos programas em curso no Brasil.

As iniciativas foram negociadas hoje (31) durante reunião dos ministros das Relações Exteriores dos dois países, Antonio Patriota e Rafael Roncagliolo. Na conversa, foi definido que a presidenta Dilma Rousseff irá ao Peru em 2012, retribuindo a visita ao Brasil de Humalla, no primeiro semestre deste ano, logo que foi eleito.

Patriota disse que, como ocorre no Brasil, o governo do Peru quer estimular o crescimento econômico com geração de emprego e redução da pobreza. Ele ressaltou que o comércio entre brasileiros e peruanos é intenso. De 2009 a 2010, o Brasil passou de oitavo para quinto maior investidor direto no Peru, com investimentos de US$ 1,2 bilhão.

As parcerias entre Peru e Brasil envolvem os setores de mineração, infraestrutura, produção e distribuição de petróleo e gás. Para os próximos cinco anos, somente no setor de mineração, estão previstos mais de US$ 3,5 bilhões em investimentos.

Roncagliolo aproveitou a visita para agradecer a solidariedade e apoio do Brasil ao Peru em decorrência do terremoto de 6,7 graus na Escala Richter que atingiu o país andino há três dias. O último balanço contabilizou 2.575 vítimas. O chanceler disse que o governo está fazendo um levantamento completo da situação no país e deve pedir ajuda aos governos vizinhos, inclusive ao Brasil.

O governo do Peru tenta tranquilizar os moradores atingidos pela catástrofe para evitar pânico. O país está em alerta para a necesidade de evacuação da população que vive em áreas de risco.

Edição: Vinicius Doria