Reunião com Dilma só tratou de políticas de governo, segundo Jucá e Vaccarezza

15/08/2011 - 23h55

Luciana Lima

Repórter da Agência Brasil

 

Brasília - Após reunião com a presidenta Dilma Rousseff, esta noite, no Palácio do Planalto, os líderes do governo, no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) e, na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), disseram que ela os chamou para discutir políticas de governo e que o assunto sobre um cronograma de liberação de verbas de emendas parlamentares não foi tema das conversas. “Esta palavra [emendas] não fez parte das discussão”, disse Vaccarezza.

“Ela discutiu os principais projetos do governo e, ainda, as votações que o governo considera prioritárias no Congresso neste segundo semestre, que são o projeto que trata de mudanças no Supersimples e o que cria o Pronatec [Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego]”, completou. Vaccarezza, porém, ressaltou que a proposta de liberar R$ 1 bilhão em emendas parlamentares ainda permanece. “A liberação de R$ 1 bilhão se mantém desde a semana passada”, declarou.

Já para Jucá, a conversa sobre liberação de recursos só está sendo tratada exclusivamente com a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, que, segundo ele, “ainda não fechou um levantamento das propostas que serão contempladas”. De acordo com o líder, “o governo vai fazer a liberação de recursos a partir do momento que ele tiver conforto no Orçamento”, acrescentou.

O governo vem enfrentando insatisfações na base governista e, segundo os líderes que estavam na reunião, a presidenta pretende manter uma rotina de encontros com os demais partidos aliados . A principal reclamação é sobre a falta de recursos para as emendas parlamentares e a demora em contemplar as legendas com cargos já solicitados. Além disso, as recentes denúncias de corrupção em ministérios comandados pelo PR e PMDB causaram desconforto entre o governo e os partidos e, até mesmo, com o PT.

Jucá disse que comentou com a presidenta sua participação na série de discursos de desagravo feitos hoje (15), no Senado. De acordo com o peemedebista, as investigações não atrapalharão as relações com o governo. "Todos os senadores são a favor do combate à corrupção, não há panos quentes”. Ele também fez um apelo ao PR para que o partido continue atuando em conjunto com a base.

 

Edição: Aécio Amado