Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, disse nesta segunda-feira (15) que a política de preços adotada pela estatal de não repassar para os preços dos derivados as oscilações do preço do barril do petróleo no mercado externo, comprimiu o resultado da empresa no segundo trimestre do ano e fez com que os R$ 10,9 bilhões de lucro líquido ficassem praticamente estáveis em relação ao resultado do primeiro trimestre.
“Isto se deu basicamente agora neste segundo trimestre do ano, em que a curva dos preços internacionais subiu acentuadamente e teve uma variação grande. Agora, no entanto, ela está tendendo a se reajustar”.
Para Barbassa, é evidente que a política de preços teve um efeito sobre o resultado, assim como também tiveram efeitos os custos derivados bem maiores da indústria do petróleo. "Temos que treinar e contratar mais pessoal, construir equipamentos e tudo isto implica custos adicionais ainda não absorvidos pela produção. Na medida em que, a partir de agora, vamos chegar ao pico de produção de algumas plataformas, nós esperamos uma redução desse custo médio de produção e também de refino”.
O diretor financeiro da estatal, porém, defendeu a política adotada pela Petrobras para os preços. “Historicamente, de 2002 para cá, teve momentos em que o preço externo esteve mais baixo, teve momentos em que ficou mais alto. Mas, na média, se você ponderar este período todo você verá que nós estamos vendendo a preços internacionais aqui no mercado interno”.
Edição: Rivadavia Severo