Governo começa, na próxima semana, a negociar pacto para evitar conflitos nos canteiros de obras do PAC

24/03/2011 - 23h50

Bruno Bocchini

Repórter da Agência Brasil

 

São Paulo – Com objetivo de evitar conflitos como os que ocorreram no canteiro de obras da Usina Jirau, no Rio Madeira (RO), o governo começa a negociar na próxima semana um pacto na área da construção civil com as principais centrais sindicais e representantes das empresas do setor. A informação é do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. A primeiro reunião está marcada para a próxima terça- feira (29).

“Há alguns procedimentos equivocados das empresas, há problemas de relação de trabalho, há problema de alojamento, há problemas de alimentação. Enfim, o que nós queremos é que as empresas façam um pacto com os sindicatos e com o governo para dar o tratamento adequado aos trabalhadores”, disse, antes de participar do evento comemorativo dos 20 anos da Força Sindical, hoje (24), na capital paulista.

Carvalho afirmou que cobrará das empresas melhores condições de trabalho, mas pedirá às centrais sindicais que se comprometam em estabelecer representações unificadas dos trabalhadores em cada canteiro de obra. “Estamos entendendo também que as disputas locais estão ajudando a fermentar esse processo. Há disputa entre as centrais, disputa por base sindical. Há uma crise de representação”.

O ministro disse ainda que o pacto irá servir para que o país se previna de eventuais transtornos nas obras de construção civil da Copa do Mundo, em 2014. “A ideia do pacto é exatamente prevenir para que não haja, em relação as obras da Copa, eventuais atrasos. [Pedimos] condições de trabalho, condições salariais, condições de alojamento para os trabalhadores e compromisso das centrais em dialogar com as empresas”.

O ministro espera que o governo consiga um pacto semelhante ao que feito em 2009, o Compromisso Nacional para Aperfeiçoar as Condições de Trabalho na Cana-de-Açúcar, negociado com o setor sucroalcooleiro.

 

Edição: Aécio Amado