Bruno Bocchini*
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – As vítimas da forte chuva que atingiu a cidade de Itaoca, no último domingo (14), devem estar sob escombros das casas derrubadas pela correnteza do Rio Palmital. De acordo com o secretário de Agropecuária do município, Erli Rodrigues, famílias inteiras desapareceram no bairro mais afetado, o Guarda-Mão.
“Há lugares em que só se encontra o alicerce das casas. A gente acredita que os desaparecidos estão no meio dos escombros”, disse ele, em entrevista por telefone. “É um município pequeno. A gente não tem estrutura nenhuma. Então, a gente não sabia o que fazer, nem por onde começar”, destacou.
Segundo o secretário, a prefeitura, com a ajuda da Defesa Civil, fez ontem levantamentos preliminares para identificar as famílias afetadas, os desaparecidos, desalojados e desabrigados. Hoje, a ação continua nos lugares onde não foi possível ter acesso. “Estamos fazemos um mutirão para limpeza, enterrar [os mortos], localizar desaparecidos”.
Erli Rodrigues destacou que a cidade vive oficialmente de pecuária e agricultura de subsistência no entorno do rio. “Houve dano mais na pecuária, afetou as instalações. Como a agricultura é topo de morro, não afetou tanto; mais mesmo foi a pecuária”, disse.
O número de mortos pela chuva que atingiu o município, no sudeste do estado, foi atualizado, na manhã de hoje (14), para dez, informou a Defesa Civil. Com a ajuda de quatro cães farejadores, bombeiros trabalham na busca de 12 desaparecidos.
A cidade foi inundada pelas águas do Rio Palmital, que transbordou com as chuvas. Houve queda de três barreiras, o que dificultou o acesso à cidade. Segundo o levantamento da Defesa Civil, 100 casas foram afetadas pela forte enxurrada, 83 famílias (332 pessoas) estão desalojadas e nove desabrigadas em uma escola municipal. Em Apiaí, cidade vizinha, a chuva também danificou 50 casas.
Colaborou William Douglas, da TV Brasil*
Edição: Graça Adjuto
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