Da Agência Brasil*
Santiago – Ao observar o baixo comparecimento de eleitores hoje (15), no segundo turno da eleição presidencial, a deputada chilena Camila Vallejo manifestou-se favorável à volta do voto obrigatório no país. A votação deste domingo foi a primeira com participação livre do eleitorado.
Depois de votar, a deputada do Partido Comunista disse à imprensa que é normal pouca gente ter comparecido às urnas e que, por isso, é partidária da inscrição automática e do voto obrigatório. "Novamente, um respaldo e apoio a este projeto da Nova Maioria, que já se viu nas primárias e que se viu também no primeiro turno", disse Camila, cuja carreira começou no movimento estudantil.
A proposta de Camila foi aprovada pelo ex-presidente chileno Ricardo Lagos, que fez um apelo aos cidadãos para votar e disse que foi um erro apoiar o voto facultativo. “Em um momento, fui partidário do voto voluntário”, mas pensei, meditei e me dei conta de que é um erro, que creio estar demonstrado", disse Lagos.
Segundo ele, votar é um direito, que, no fundo, também é uma obrigação. "Pense cinco minutos que é o melhor para o Chile e, de acordo com isso, vote”, concluiu o ex-presidente.
Duas mulheres disputaram o segundo turno da eleição presidencial: Michelle Bachelet, da Nova Maioria, que governou o país de 2006 a 2010 e ficou em primeiro lugar na primeira rodada de votação, e a ex-ministra do Trabalho e Previdência Social Evelyn Matthei, da Aliança pelo Chile.
Assim como foi feito no primeiro turno, em novembro passado, o governo disponibilizou transporte gratuito – 1.300 serviços – para facilitar a participação dos eleitores, principalmente dos que vivem em zonas rurais isoladas. Segundo a ministra dos Transportes, Gloria Hutt,a medida beneficiaria mais de 50 mil pessoas que vivem em lugares distantes ou de difícil acesso. Os locais de votação foram os mesmos do primeiro turno.
*Com informações da Telesur e da TVN (Televisión Nacional de Chile)
Edição: Nádia Franco
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