Leandra Felipe
Correspondente da Agência Brasil/EBC
Bogotá – Cerca de 50 observadores internacionais chegaram hoje (5) à Venezuela para acompanhar as eleições municipais do próximo domingo (8). A informação foi divulgada pela presidenta do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano, Tibisay Lucena. Serão escolhidos prefeitos para 335 municípios e 2.435 vereadores.
O processo será observado por acompanhantes de origem latino-americana, africana e europeia, ligados à Missão Eleitoral da União das Nações Sul-Americanas (Unasul); à União de Organismos Eleitorais (Uniore) e também ao Grêmio de Advogados dos Estados Unidos. De acordo com Lucena, a maioria dos observadores vem de países latino-americanos.
Mais de 19 milhões de venezuelanos estão habilitados para votar, sendo que, do total, há pouco mais de 215 mil estrangeiros que vivem no país há mais de dez anos, que também poderão participar das eleições. Além dos prefeitos dos 335 municípios, os eleitores votam por um prefeito metropolitano para o distrito de Caracas e para o distrito de Alto Apure.
Dentro do cronograma eleitoral hoje é encerrado o período destinado às campanhas eleitorais. Ao todo, 13.651 centros de votação serão utilizados com 39.427 urnas eleitorais eletrônicas. O sistema é o mesmo utilizado nas eleições presidenciais de outubro de 2012, que reelegeram Hugo Chávez, e em abril, quando Nicolás Maduro foi eleito presidente.
Apesar das denúncias de fraude feitas pela oposição venezuelana, derrotada por uma pequena margem de diferença nas eleições de abril, na época a missão de observadores da Unasul declarou que o sistema é inviolável e confiável .
Dependendo da região o eleitor poderá escolher entre três e 12 cargos, isso porque em alguns lugares também são eleitos vereadores e prefeitos de comunidades indígenas. Segundo o CNE, um total de 16.880 candidatos e candidatas disputam ao todo 2.792 cargos entre prefeitos e vereadores.
As eleições municipais são consideradas muito importantes para medir a aprovação do governo de Nicolás Maduro, nove meses depois da morte de Hugo Chávez. O governo adota a mesma estratégia usada nas eleições presidenciais de abril, de mostrar a continuidade do governo de Chávez nas ações da gestão de Maduro. A oposição por sua vez, intensifica as críticas aos problemas de abastecimento alimentar e alta inflação.
Edição: Fábio Massalli
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