Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – O Ministério Público (MP) do Estado de São Paulo vai pedir à Justiça a extinção das duas torcidas organizadas (Gaviões da Fiel e Torcida Tricolor Independente), que brigaram durante o jogo entre o São Paulo e o Corinthians pelo Campeonato Brasileiro da Série A, na tarde e noite de domingo (13), na capital paulista. O MP vai solicitar também a interdição por 120 dias do Estádio Cícero Pompeu de Toledo, o Morumbi, onde ocorreu confronto com policiais.
“Estamos fazendo tudo que a lei nos permite. Ficamos na dependência e esperamos que o Poder Judiciário, verificando não apenas o clamor da sociedade, mas também a importância da efetivação dessas medidas, que ele acabe acolhendo os pedidos feitos pelo Ministério Público”, disse o promotor de Justiça do Consumidor, Roberto Senise. O promotor ressalvou, no entanto, que o MP já pediu, por duas vezes em 2012, a dissolução da Gaviões da Fiel, mas a Justiça negou as duas solicitações liminarmente, e ainda não decidiu sobre o mérito.
“O que a gente pode fazer a gente faz até o limite nosso. Infelizmente a gente não tem poderes de tomar algumas decisões que não dependem do Ministério Público. Aquilo que o Ministério Público pode fazer está fazendo na sua totalidade. Se estou submetendo algo ao Poder Judiciário, [eu dependo] do Poder Judiciário”, disse.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), torcedores dos times Corinthians e São Paulo também entraram em confronto por volta das 19h30 de ontem na Avenida Embaixador Macedo Soares, na zona norte da cidade.
“Policiais militares faziam a escolta dos ônibus das torcidas do Corinthians na Marginal Tietê quando cerca de dez ônibus pararam e alguns torcedores começaram a descer do coletivo. Em seguida, torcedores do São Paulo com os rostos cobertos por tocas e empunhando barras de ferros, pedras e rojões se aproximavam por trás da torcida rival. Eles entraram em luta corporal”.
Foram detidas 21 pessoas que participaram da briga. Elas foram apresentadas na delegacia e liberadas em seguida. O caso foi registrado no 91º Distrito Policial. A investigação está sendo feita pela Polícia Civil.
Edição: Aécio Amado
Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. É necessário apenas dar crédito à Agência Brasil