Cristina Indio do Brasil
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A edição deste ano do Festival do Rio teve um saldo positivo, apesar das circunstâncias externas, como as mudanças na programação provocadas pelos confrontos entre manifestantes e a Polícia Militar, nas proximidades do Cine Odeon Petrobras, na Cinelândia, centro do Rio. A avaliação é da diretora de Comunicação e Marketing e integrante do Conselho Diretor do festival, Vilma Lustosa. “A gente teve que transferir sessões do Odeon para outros cinemas, mas o rápido entendimento do exibidor que nos acolheu e o processamento, nos ajudaram a não colocar em questão a programação do festival. Essa é a avaliação dos cineastas que eu ouvi”, disse.
Para Vilma Lustosa, este foi um ano atípico, mas nas outras partes do circuito, o evento foi bem recebido, registrou forte presença de público, teve seminários e debates que contaram com grandes apresentações e número significativo de visitantes. Outro destaque, na opinião dela, foi a inovação com a criação do RioMarket Jovem, que capacitou jovens de comunidades pobres do na área de audiovisual, com palestras e workshops no Armazém da Utopia, sede do festival, na zona portuária da cidade.
“Acho que o festival teve uma edição muito bem-sucedida. Houve turbulências extras que a gente não estava acostumada. A gente não vivia isso no Rio de Janeiro, mas por ele ter uma estrutura solidificada, ter o acolhimento do público, dos cineastas e do audiovisual como um todo, a gente conseguiu, nesta vibração, fazer as mudanças necessárias e ao mesmo tempo ainda sair com um saldo muito positivo”, analisou.
Vilma Lustosa lembrou que o público que não teve condição de assistir a alguns filmes das mostras ainda tem possibilidade de ver produções que serão exibidas na repescagem que começa após o fim do evento. “Isso é uma tradição no festival. A gente pega filmes de destaque e fazer sessões de repescagem durante uma semana, e elas começam amanhã (11). É mais uma chance para o público que não conseguiu ver algum o filme poder ir”, disse.
Para a diretora, a edição de 2013 tem ainda mais um fator positivo, fez a sessão de gala de encerramento ontem (9), com uma superprodução brasileira, o filme Serra Pelada, depois de ter feito a abertura do festival com a grande produção Amazônia-Planeta Verde. “Desta vez nós tivemos a sorte de abrir com Amazônia e encerrar com Serra Pelada, duas superproduções. Acho que Serra Pelada vai ter uma boa carreira, e nós tivemos muita sorte de contar com esse filme, em caráter inédito, na sessão de gala do encerramento [do festival]”, declarou.
Edição: Aécio Amado
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