Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Pela segunda vez seguida, a taxa de desemprego caiu nos 39 municípios da região metropolitana de São Paulo, em agosto, quando atingiu 10,4% da população economicamente ativa (PEA) ante 11%, em julho. Os dados são da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), feita em conjunto pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Fundação Seade).
Foram criados 56 mil postos de trabalho. Paralelamente, 10 mil pessoas deixaram o grupo dos que procuram emprego. Com isso, houve queda de 66 mil pessoas no total de desempregados que, no trimestre encerrado em agosto, foi estimado em 1,13 milhão de pessoas.
Os setores do comércio e da indústria de transformação foram os que mais abriram vagas. Nesse último setor, foram criados 19 mil postos ou 1,2% a mais do que em julho. Em comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, surgiram 20 mil empregos, o que supera em 1,1% o apurado no mês anterior.
No segmento da construção, as contratações foram ampliadas em 1,9%, com 14 mil admissões. Em serviços, houve alta de 0,2%, com mais 12 mil trabalhadores.
A pesquisa mostra ainda que foi mantida a estabilidade na formalização dos contratos no setor privado (0,2%). Já a entrada de trabalhadores sem carteira assinada cresceu 4,1%.
Os assalariados tiveram uma perda de ganhos de 0,7%, e o valor mensal dos rendimentos ficou em R$ 1.771,00. Já o rendimento dos ocupados teve alta de 0,6%, passando para R$ 1.747,00. Esses valores referem-se ao trimestre finalizado em julho comparado ao período de três meses anteriores encerrado em junho.
Nos últimos 12 meses até agosto, caiu em 150 mil o número de desempregados. Essa queda, no entanto, decorre mais da desistência na disputa por vagas do que da geração de postos. No período, houve uma diminuição de 19 mil novos postos.
Edição: Juliana Andrade
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