Akemi Nitahara
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A polícia recolheu hoje (7) um artefato lançado no prédio da Sociedade Viva Cazuza, que fica na Rua Pinheiro Machado, em frente ao viaduto onde a polícia dispersou os manifestantes com bombas de gás lacrimogêneo e jatos de água.
De acordo com o tenente-coronel Mauro Andrade, será investigada a origem do artefato, aparentemente uma bomba de efeito moral. "Apreendemos pessoas com spray de pimenta, que tem venda proibida no Brasil, esse artefato é do mesmo fabricante".
Ele disse que, aparentemente, não houve agressão por parte dos manifestantes e atribui o uso do gás lacrimogêneo a uma falha na comunicação. "Os manifestantes estavam ali (na Rua das Laranjeiras, sob o viaduto que dá acesso ao Túnel Santa Bárbara) parados com a polícia, sem nenhuma animosidade, gritando palavras de ordem contra a situação política. E nós abrimos para eles seguirem em direção ao Cosme Velho que, parece, era o que queriam".
De acordo com Andrade, a falta de lideranças no grupo de manifestantes dificulta o diálogo para planejar a ação policial. "Não há uma liderança, não tem com quem a gente conversar, essa movimentação às vezes é rápida, eles subiram rapidamente e alguns policiais que estavam lá na ponta podem ter se assustado com aquela multidão chegando, sem ter sido avisados, não sabiam se era para deixar passar".
A maioria dos manifestantes já deixou a Pinheiro Machado e os bloqueios policiais começam a ser desfeitos, mas o trânsito ainda não foi liberado na rua.
Edição: Graça Adjuto
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