Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os manifestantes que participaram do protesto conhecido como Grito dos Excluídos se concentram em torno do monumento a Zumbi dos Palmares, na Praça 11, no centro do Rio. Integrantes de partidos políticos, centrais sindicais e entidades estudantis fazem ato público e discursam com a ajuda de um carro de som, protestando contra as políticas públicas das áreas de saúde e educação e contra a repressão policial nas manifestações.
Poucos manifestantes estão usando máscaras ou têm os rostos cobertos. Alguns deles escalaram o monumento e colaram cartazes com frases contra o governador Sérgio Cabral e com a pergunta “Cadê o Amarildo” (referindo-se ao pedreiro desaparecido desde o dia 14 de julho deste ano na Rocinha). Além disso, queimaram as bandeiras do município e do estado do Rio, a Bandeira Nacional e hastearam uma bandeira preta.
A maior parte do grupo decidiu encerrar o protesto, que começou mais cedo, logo após o final do desfile militar de 7 de Setembro, em que foram registradas cenas de violência e repressão em frente ao Comando Militar do Leste. Nos momentos mais tensos, a polícia usou a força e bombas de gás lacrimogêneo para dispersar a multidão.
Uma parte pequena do grupo, entretanto, cogita continuar a caminhada até o prédio da prefeitura, que fica localizado no fim da Avenida Presidente Vargas. O policiamento foi reforçado, mas os policiais evitam se aproximar dos manifestantes, posicionando-se apenas próximo ao protesto.
Edição: Graça Adjuto
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