Vinicius Lisboa
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Dezenas de pessoas seguem em pesseata pela Rua Uruguaiana próximo à esquina com a Avenida Presidente Vargas, na área central da cidade, para participar do Grupo dos Excluídos de 2013. A manifestação que ocorre tradicionalmente no 7 de Setembro reúne movimentos sociais, centrais sindicais, e partidos de esquerda.
Um dos organizadores da passeata, Heitor César, contou que desde o horário em que eles começaram a se concentrar, às 9h, não teve confusão, mas salientou que sente o clima tenso “por causa de muitos policiais em volta". Ele disse que este ano eles estão tentando fazer um link entre as pautas de exclusão, com as reivindicações mais recentes das manifestações, como o "Fora Cabral" e o "Cadê o Amarildo?".
"O Amarildo se tornou um dos grandes símbolos do grito neste ano. Sem dúvida ele é um excluído e levanta a pauta da desmilitarização", disse César.
Um reduzido número de integrantes do Black Bloc chegou para se juntar à passeata e está sendo revistado pelos policiais militares. Pouquíssimos manifestantes estão com os rostos cobertos.
Eles seguem pela Avenida Presidente Vargas, cantando músicas em defesa da saúde, da educação, contra a corrupção e contra o governador Sérgio Cabral e o prefeito do Rio, Eduardo Paes.
Um grupo de transformista se apresenta durante a passeata e, entre os participantes, há grupos de vendedores ambulantes, pedindo direito ao trabalho, a Associação de Moradores de Santa Teresa pede o retorno dos bondinhos ao bairro e homossexuais pedem o fim da homofobia.
Outros manifestantes carregam adesivos e camisas contra os leilões de privatização do petróleo e professores da rede pública que defendem mais investimento em educação. Toda a manifestação transcorre em clima de muita tranquilidade e acompanhada pacificamente por policiais militares.
Edição: Talita Cavalcante//Matéria ampliada às 12h09.
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