Fernanda Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse hoje (3) que o Ministério da Saúde tem um sistema avançado para fiscalizar as prefeituras e evitar que haja demissão de médicos brasileiros com a chegada dos estrangeiros inscritos no Programa Mais Médicos.
“Não tem essa de prefeito dispensar médico brasileiro para contratar a preço menor ou receber de graça o médico estrangeiro, não existe essa hipótese”, disse o ministro na abertura da Conferência Ethos 2013, na capital paulista.
Carvalho destacou que os novos médicos terão de cumprir com rigor a carga horária de trabalho. “O médico que não quiser cumprir 40 horas, sinto muito, não será contratado, será afastado. Vamos acabar com essa mentalidade de que eu bato o ponto para trabalhar 40 [horas] e trabalho oito [horas], isso não pode ter mais no país”, enfatizou.
Ele também criticou atos de preconceito contra os médicos estrangeiros. “Temos olhado como natural o protesto corporativo de alguns conselhos regionais, agora repudiamos todo o preconceito, todo o racismo que se colocou em algumas das reações”, disse.
Outro assunto comentado pelo ministro foi o caso do deputado Natan Donadon (sem partido-RO), que cumpre pena em regime fechado no Complexo Penitenciário da Papuda e teve o pedido de cassação de mandato rejeitado pelo plenário da Câmara. Carvalho disse que a repercussão pública desse fato suscitou revolta e deve potencializar as mobilizações nos próximos dias, em Brasília.
“Acho lamentável que um político brasileiro acabe sendo uma referência tão negativa para o nosso povo. Acho lamentável que um parlamentar nosso, eleito pelo povo, tenha tido esse comportamento, que ajuda a macular a imagem dos políticos que são sérios no Brasil”, declarou.
Edição: Marcos Chagas
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