Vinícius Lisboa
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O balanço do primeiro dia de atuação no estado do Rio de Janeiro dos profissionais formados no Brasil e inscritos no Programa Mais Médicos mostra a ocorrência de muitas faltas. Segundo o Ministério da Saúde, os municípios têm até o dia 12 deste mês para informar o número de médicos que não compareceram aos postos de trabalho. Além disso, os profissionais também terão que justificar as ausências.
Os profissionais começam ontem (2) a atuar em 454 municípios de todo o país. O secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, do Ministério da Saúde, Mozart Sales, esteve no Rio de Janeiro para participar da recepção aos médicos em uma unidade básica de saúde na zona oeste da capital. Ele estimou que os 60 profissionais destinados a 13 municípios do estado ampliarão em 200 mil pessoas a cobertura da atenção básica.
Na cidade do Rio, dos 16 profissionais que eram esperados para atuar em clínicas da família nas zonas norte e oeste, seis compareceram. Belford Roxo, onde estava prevista a chegada de sete médicos, não recebeu nenhum. O mesmo número de profissionais foi programado para se apresentar em Mesquita, mas apenas um médico foi ao serviço.
Outras cidades da Baixada relatam a mesma situação. Em Duque de Caxias, que preparou uma atividade com os médicos para passar informações sobre o município, apenas seis dos 15 profissionais esperados se apresentaram.
Paracambi recebeu dois dos três que estavam previstos. Segundo a prefeitura, os médicos começarão o atendimento à população na semana que vem, e passarão por um período de adaptação nesta semana.
Itaboraí, outra cidade da região metropolitana, já recebeu os quatro médicos previstos na primeira fase do programa. De acordo com a prefeitura, os profissionais estão em fase de acolhimento e devem iniciar o trabalho na próxima segunda-feira em unidades de saúde da família
Além dessas cidades, Guapimirim, São João de Meriti, São Gonçalo, Japeri, Nova Iguaçu, Seropédica e Itaguaí também estão recebendo médicos. As quatro primeiras não responderam à Agência Brasil até o fechamento desta reportagem, e não foi possível entrar em contato com representantes das demais.
O estado do Rio contará, a partir do dia 16, com um reforço de mais dez médicos formados no exterior, que ainda serão avaliados para que possam receber o registro profissional provisório. Os médicos atuarão no programa por três anos e ganharão salário de R$ 10 mil, pago pelo Ministério da Saúde.
Edição: Davi Oliveira
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