Padilha pede apoio do PR para aprovação da MP do Mais Médicos

27/08/2013 - 17h53

Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, esteve no Congresso Nacional hoje (27) para defender a aprovação da medida provisória que trata do Programa Mais Médicos. Padilha se encontrou com o senador Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP) para pedir apoio da bancada do partido.

Na saída do encontro, o ministro disse acreditar que questões como o fato de o governo cubano repassar apenas uma parte da remuneração paga pelo Brasil aos médicos vindos da ilha não atrapalharão a aprovação da matéria. “Eu estou confiante de que o Congresso Nacional será sensível e entenderá que o Ministério da Saúde e o governo federal buscaram uma solução concreta para levar médicos para milhares de brasileiros que não têm médico”, disse.

Segundo ele, os cubanos estão no Brasil em missão humanitária, em um programa que está em curso em 58 países. O ministro disse que o governo brasileiro recorreu ao programa de Cuba após consulta à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Ele disse que os cubanos têm vínculo com o governo de seu país e, por isso, estão em situação diferente dos médicos que se inscreveram individualmente.

“São situações diferentes dos outros médicos estrangeiros. Por exemplo, ninguém está perguntando se os outros médicos estrangeiros, que se inscrevem individualmente, vêm para o Brasil sem ter emprego garantido no país de origem. Quando ele terminar o programa de três anos aqui, quando ele voltar para o seu país, ele não terá emprego garantido. É diferente das ações humanitárias que Cuba faz, em que o médico têm vínculo permanente com seu país. Ele tem emprego garantido, recebe não só o salário no seu país, mais um bônus, por estar em missão externa; sua família é protegida, recebendo também uma remuneração, e ele vai receber aqui no Brasil uma remuneração”, disse Padilha.

A Medida Provisória (MP) 621, que trata do Programa Mais Médicos, está em análise na comissão especial mista, onde receberá emendas dos parlamentares. Depois que for aprovada na comissão, ela segue para a Câmara e, em seguida, para o Senado.

 

Edição: Beto Coura
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