Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Os líderes dos 14 países que integram a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) condenaram a onda de violência no Egito e disseram estar preocupados com a destituição do poder do presidente Mohamed Mursi, em 3 de julho. Reunidos no último fim de semana no Malaui, os líderes reiteraram a necessidade de buscar “um processo de diálogo e reconciliação com vista à reposição da normalidade constitucional” no Egito.
A reunião ocorreu no Malaui, porque o país assumiu a presidência da organização. A ideia é promover uma espécie de mediação feita pela Comissão da União Africana e pelo Painel de Alto Nível da União Africana – formado pelos ex-presidentes do Mali Alpha Konare e do Bostwana Festus Mogae e pelo primeiro-ministro do Djibuti, Dileita Mhammed Dileita.
A presidenta da Comissão da União Africana, Nkosazana Dlamini Zuma, apelou às autoridades do Egito para que encerrem a violência. Os confrontos na semana passada envolvendo manifestantes e forças policiais provocaram cerca de 750 mortes no país.
Só hoje (19) pelo menos 24 policiais foram mortos durante ataque a dois carros da polícia na Península do Sinai. Dois políciais ficaram feridos em outro ataque, que ocorreu perto da cidade de Rafah, onde está instalado o posto para a Faixa de Gaza, no Norte do Sinai. Nas últimas semanas, a Península do Sinai virou foco de instabilidade e palco de ataques contra forças de segurança e gasodutos.
Nos últimos dois dias, os líderes de Angola, da África do Sul, de Botswana, da Zâmbia, do Zimbabwe, da Tanzânia, da República Democrática do Congo, de Moçambique, do Malaui, do Lesoto, da Ilhas Maurícias, das Ilhas Seychelles, da Namíbia, da Suazilândia analisaram várias questões que afetam a região.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa
Edição: Graça Adjuto