Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Depois de mais de seis horas de bloqueio, o trânsito na Avenida Rio Branco, uma das principais vias do centro da cidade, foi liberado por volta das 16h45 de hoje (15). A via tinha sido fechada em protesto contra a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Ônibus. O protesto continua, com os manifestantes em frente à Câmara Municipal.
Eles reclamam da escolha dos membros da comissão parlamentar, que tem na presidência o vereador Chiquinho Brazão (PMDB), em vez do autor da proposta de criação da CPI, Eliomar Coelho (PSOL). O fechamento da pista, por volta das 10h, deu um "nó" no trânsito da região central da cidade.
Cerca de 100 pessoas permanecem nas escadarias da Câmara, e a fachada do prédio está coberta por faixas e cartazes criticando a forma como a CPI foi instalada. Os cartazes também perguntam onde está o ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, desaparecido desde o dia 14 de julho na Rocinha, e também trazem frases contra a impunidade na política, os leilões do petróleo e a construção da Usina Nuclear Angra 3.
A Cinelândia, tradicional palco de manifestações no Rio de Janeiro, continua tomada por manifestantes, principalmente em frente à Câmara Municipal. Duas tendas e dez barracas de camping foram armadas em frente ao prédio, indicando que eles não pretendem sair dali tão cedo. No interior da Câmara, estão 11 manifestantes, que ocupam o plenário desde sexta-feira (9).
A sessão que seria realizada nesta quinta-feira foi suspensa. Os vereadores já se retiraram da Câmara. Um deles, o Professor Uóston (PMDB), relator da CPI, foi atingido por um ovo atirado por um manifestante quando pegava um táxi para ir embora.
Edição: Nádia Franco
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