Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O procurador-geral de Justiça do Rio, Marfan Vieira, condenou os atos de vandalismo cometidos na noite passada (17), na zona sul da capital fluminense, por baderneiros infiltrados na manifestação perto do prédio onde mora o governador Sérgio Cabral, no Leblon. Ele disse que o Ministério Público (MP) vai responsabilizar todos os que se aproveitam de um ato legítimo para violar a ordem jurídica e atentar contra o Estado Democrático de Direito.
“Há uma distinção muita nítida entre os movimentos legítimos e democráticos que aconteceram neste país, a partir de junho, e a atuação isolada de grupos paramilitares, que se organizam por meio das redes sociais para realizar depredações e outros atos de vandalismo. O que se viu ontem foi um passeio pelo Código Penal, em que se percebia claramente a formação de quadrilha ou bando, crimes de dano ao patrimônio público e particular, furtos qualificados pelo arrombamento, além de delitos de incêndio, explosão e contra a incolumidade física dos policiais que faziam a segurança do local”, declarou.
Marfan Vieira disse, ainda, que agentes da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI) do MP foram designados para acompanhar o ato de ontem. Foram feitas gravações que deverão instruir as investigações a serem conduzidas em conjunto com a Polícia Civil. Também acompanharam o protesto, promotores de Justiça vinculados à Auditoria Militar e o assistente da Procuradoria-Geral de Justiça e coordenador de Direitos Humanos do MP, Márcio Mothé.
Está ocorrendo esta noite uma reunião no gabinete da Procuradoria-Geral de Justiça para balizar as medidas a serem adotadas pelo MP. Participam do encontro, coordenadores da área criminal e a promotora Patrícia Glioche, que acompanhará o inquérito aberto pela 14ª Delegacia Policial, no Leblon, para investigar as ações dos vândalos.
Edição: Aécio Amado
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