Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) examina hoje (9) a queixa apresentada pelo presidente da Bolívia, Evo Morales, sobre a proibição de o avião dele sobrevoar e aterrissar na França, em Portugal, na Espanha e na Itália, na semana passada. A proibição obrigou Morales a mudar sua rota de voo para a Áustria onde permaneceu por mais de 13 horas. O presidente vinha de reuniões na Rússia sobre produção de gás.
A proibição, segundo as autoridades bolivianas, foi causada pela desconfiança dos europeus de que o ex-agente norte-americano Edward Snowden estivesse na aeronave presidencial. Snowden está na Rússia, em uma área de trânsito, aguardando asilo político pedido a 21 países. A reação dos europeus causou indignação dos líderes latino-americanos que também cobraram explicações sobre o fato.
Os representantes da OEA se reunirão extraordinariamente à tarde para examinar o tema. O secretário-geral da organização, José Miguel Insulza, lamentou o episódio e lembrou que o ato dos europeus colocou sob ameaça a segurança de Morales.
Na sexta-feira (12), Morales apresentará um pedido durante a Cúpula do Mercosul, em Montevidéu, no Uruguai, para que os presidentes do bloco também se manifestem sobre a proibição e formalizem uma posição de contestação à ação dos europeus, segundo o chanceler boliviano, David Choquehuanca.
*Com informações da agência pública de notícias de Cuba, Prensa Latina.
Edição: Talita Cavalcante
OEA vai discutir bloqueio aéreo de países europeus a avião de Evo Morales
Em protesto contra Europa, Morales oferece asilo a Snowden
Espanha diz não ter proibido sobrevoo de Morales
Portugal lamenta incômodo a Evo Morales, mas não esclarece se pedirá desculpas
Morales diz que são insuficientes desculpas de europeus por proibição a seu avião
Países sul-americanos exigem explicações sobre veto a Morales