Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Em resposta às entidades médicas que criticaram o Programa Mais Médicos, lançado ontem (8) pelo governo federal, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse hoje (9) que a proposta ainda será amplamente debatida no Congresso e que as mudanças valerão apenas a partir de 2015.
Segundo ele, o Brasil está usando experiências bem-sucedidas de outros países, principalmente os da Europa, e os dois anos em que os estudantes de medicina trabalharão no Sistema Único de Saúde (SUS), após a graduação de seis anos, como prevê o programa, servirão aprimoramento.
“Esse é um debate legítimo, transparente e democrático. Estamos fazendo uma proposta para os estudantes que vão entrar em 2015. Ou seja, temos um ano e meio para debater esse assunto”, frisou o ministro. “Estamos trazendo uma experiência que a Inglaterra iniciou e que vários países do mundo adotaram. Isso melhora o serviço de saúde para o povo e isso permite humanizar o médico”, acrescentou Mercadante.
Entidades médicas consideraram o Programa Mais Médicos inadequado e explorador. As entidades também criticaram a possibilidade de contratação de médicos formados em outros países.
Apesar de o governo ter enviado a proposta na forma de medida provisória, ou seja, já com poder de lei, Mercadante ponderou que há tempo para o debate e que o Executivo quer transparência na discussão do tema. “O objetivo nosso é transparência, ouvir os argumentos. Não temos nenhuma visão preconcebida. Temos tempo para debater. Isso só vale para os alunos que vão entrar a partir de 2015”, disse.
Edição: Talita Cavalcante
Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. É necessário apenas dar crédito à Agência Brasil
Padilha pede que debate com médicos ocorra com respeito e diálogo
MP do Programa Mais Médico está publicada no Diário Oficial de hoje
Entidades médicas criticam Programa Mais Médicos
Primeiros profissionais do Mais Médicos devem começar a atuar em setembro, diz ministro
Dilma: buscaremos bons médicos onde estiverem
Médicos que forem para regiões carentes vão receber auxílio-deslocamento