Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – Os metroviários paulistanos decidem, na noite de hoje (3), em assembleia, se aceitam a proposta de reajuste apresentada à tarde pela Companhia do Metropolitano (Metrô). Caso a proposta não seja aceita, deve ser deflagrada amanhã (4) greve por melhores condições de trabalho.
A empresa propôs aos trabalhadores reajuste de 8% – na última rodada, tinha oferecido 6,42%. A proposta, feita após três horas de reunião no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), também inclui melhora no vale-alimentação e no plano de carreira de parte dos trabalhadores. Os metroviários reivindicavam aumento salarial de 14,6% e reposição de 7,3%.
Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários do Estado de São Paulo, Altino Melo, houve avanço significativo nas negociações: “Não há como negar que avançou a proposta da empresa.”
O presidente do Metrô, Peter Walker, ressaltou que o aumento de gastos da empresa terá de ser custeado pelo governo estadual, já que a receita advinda das passagens não será suficiente. “Há vários assuntos pendentes nas contas do Metrô, e nós vamos regularizar na Secretaria de Fazenda”, informou Walker. Segundo a empresa, atualmente, a tarifa cobre o custo de operação, e os recursos do governo são destinados apenas à ampliação da rede.
Edição: Nádia Franco
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