Leandra Felipe
Correspondente da Agência Brasil/EBC
Bogotá - Nicolás Maduro tomou posse como presidente da Venezuela, para o período de 2013-2019, na tarde de hoje (19) na Assembleia Nacional do país. Ele recebeu a faixa presidencial e o colar que era usado por Hugo Chávez das mãos do presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, e de Maria Gabriela Chávez, filha do presidente morto.
"Nicolás Maduro, hoje 19 de abril, na presença e memória de nosso libertador Simón Bolívar e do comandante Hugo Chávez e na presença de presidentes e chefes de Estado e de Governo, e do povo, jura cumprir esta Constituição e as leis da República em função de dar a maior soma de felicidade possível ao povo e de seguir construindo o socialismo e seguir o legado de Hugo Chávez?", pergunto Cabello para Maduro na cerimônia de juramento.
"Juro diante da Constituição aprovada pelo povo em 1999, por Deus, por Cristo e pelo povo, pela memória eterna do Comandante Supremo que cumprirei e farei cumprir esta Constituição em tudo o que é inerente ao cargo para construir uma pátria de felicidade independente e socialista para todos e todas", declarou Maduro.
Um incidente interrompeu a cerimônia, quando um jovem invadiu a plataforma, onde estava o presidente empossado, e chegou a tocar em Maduro, gritando: "Nicolás, me chamo Yonder, me ajuda por favor!". A transmissão foi suspensa e o rapaz retirado do local. "Tivemos uma falha de segurança, eu podia ter levado um tiro, vamos ver o que esse rapaz precisa", disse Maduro.
O presidente iniciou o discurso como presidente empossado, agradecendo as delegações de 61 países presentes no evento (antes a Telesur, canal de TV estatal, havia informado 47 delegações). Maduro pediu paz e tolerância diante dos recentes conflitos ocorridos no país por causa do resultado da eleição, em que venceu por pequena margem de votos. "Reconhecemos e respeitamos os milhões de eleitores votantes da oposição, nós os amamos, mas pedimos que não assumam tanta intolerância e ódio", disse.
Após a cerimonia de posse, Nicolás Maduro participará do tradicional desfile militar de 19 de abril, que comemora o início do processo de independência do país, ocorrido em 1810.
Na próxima semana, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciará quando será iniciada a auditoria nas urnas eletrônicas que ainda não foram verificadas. Segundo o conselho faltam 46% do total das urnas. Maduro foi eleito com uma pequena vantagem sobre o opositor Henrique Capriles e a oposição não aceitou reconhecer o resultado sem a verificação dos votos.
Edição: Aécio Amado
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