Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – A General Motors (GM) anunciou hoje (26) a demissão de 596 funcionários que estavam em layoff, com o contrato de trabalho suspenso, mantendo o salário, desde agosto de 2012. A empresa diz que a fábrica de São José dos Campos (SP) tem excedente de mão de obra desde que a montadora passou a transferir parte das atividades para outros municípios.
Os desligamentos ocorrem após meses de negociação, que terminaram em um acordo, assinado em 26 de janeiro, que garantiu estabilidade até o final do ano de 750 trabalhadores que também estavam ameaçados de demissão. Na ocasião foi estabelecida extensão do layoff por três meses.
O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos criticou, por nota, a decisão da GM. “O fato é que não existe motivo para demissões. Os trabalhadores que estão na fábrica têm feito excesso de hora extra, o que confirma que a produção está em alta. Além disso, a GM continua importando veículos da Coreia, da Argentina e do México. Se esses carros fossem produzidos aqui, o cenário seria bem diferente”, diz o comunicado.
O sindicato diz que apresentou alternativas para a manutenção dos postos de trabalho e acusa a empresa de não buscar formas de evitar as demissões.
A GM tem oito fábricas de automóveis em São José dos Campos, em um complexo industrial que emprega mais de 7 mil pessoas. Pelo acordo de assinado em janeiro, a empresa deverá investir R$ 500 milhões nas unidades, nas áreas de produção da pick-up S10, de motores e transmissão, além da estamparia.
Edição: Fábio Massalli
Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir as matérias é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil