Ministério da Justiça e Anvisa ouvem explicações da Unilever sobre recall de lote de Ades

19/03/2013 - 21h17

Aline Leal
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Representantes da Unilever Brasil, empresa fabricante da bebida Ades, se reuniram hoje (19) com autoridades do Ministério da Justiça e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Eles foram convocados para prestar esclarecimentos sobre o recall do lote da be bida à base de soja. Na última quinta-feira (14) a empresa divulgou que o lote de inciais AGB, da bebida Ades de 1,5 litro de sabor maçã teve unidades envasadas com produtos de limpeza e, portanto, imprópria para o consumo.

A empresa relatou que recolheu 36 caixas das 96 contaminadas. De acordo com o diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça, Amaury Oliva, por enquanto a empresa está cumprindo todos os deveres previstos no Código de Defesa do Consumidor. Ele ressaltou que o consumidor poderá recorrer à Justiça no caso de danos pessoais.

“A empresa é responsável pelos danos que causou aos consumidores. Se os consumidores tiverem danos pessoais podem recorrer aos órgãos de defesa do consumidor e ao Poder Judiciário para eventual indenização”, disse. Oliva também informou que a Unilever Brasil poderá ser multada em até R$ 6,2 milhões, caso a empresa não cumpra todos os deveres. Segundo ele, o ministério continuará monitorando o recall e apurando as responsabilidades da empresa.

A Vigilância Sanitária de Minas Gerais, estado onde foi fabricado o lote contaminado, começou a inspeção ontem (18) e, de acordo com com Suzany Moraes, gerente-geral de Alimentos da Anvisa, deve concluir um relatório em até 48 horas.

“A gente precisa da conclusão do relatório de inspeção. A partir daí, a gente vai levantar quais são as irregularidades para tocar o processo. Caso sejam constatadas irregularidades que não foram sanadas, a gente pode vir a finalizar o processo administrativo sanitário com aplicação de multa”, explicou a representante da Anvisa.

Os representantes da Unilever não deram entrevista à imprensa.

 

Edição: Aécio Amado

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