Renata Giraldi
Enviada Especial da Agência Brasil/EBC
Vaticano – Os principais veículos da imprensa italiana, como os jornais Corriere Della Sera e o La Republica, apostam em três candidatos como os mais prováveis entre os 115 cardeais a suceder o papa emérito Bento XVI. Na relação estão o arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, de 63 anos; o cardeal canadense Marc Oullet, de 68 anos, e o italiano Angelo Scola, de 69 anos. Mas também são apresentados nomes alternativos.
Tradicionalmente, os principais veículos de imprensa na Itália mantêm vaticanistas – especialistas em temas da Igreja Católica Apostólica Romana - entre seus comentaristas e consultores. No Corriere Della Sera, a reportagem principal faz um perfil dos três cardeais, apontados como prováveis candidatos à sucessão de Bento XVI. O canandense é descrito como o mais aberto.
O brasileiro dom Odilo é definido como o candidato que conta com o apoio de um elevado número de cardeais, principalmente da América do Sul. O arcebispo de Milão, Angelo Scola, é apoiado pelos europeus e, naturalmente, pelos italianos que têm mais votos no conclave, segundo o Corriere Della Sera.
O jornal também apresenta como candidatos paralelos o mexicano Francisco Robles Ortega, o húngaro Péter Erdo e o austríaco Christoph Schönborn. O La Republica menciona a pressão feita por norte-americanos por um nome oriundo dos Estados Unidos. O nome que tem o apoio dos norte-americanos é Timothy Dolan, o arcebispo de Nova York.
Porém, para o La República o nome que reúne mais votos é o do italiano Angelo Scola. Ele, segundo o jornal, é considerado um cardeal moderado e sua escolha pode representar a abertura da Igreja, na busca por mudanças internas, no momento de denúncias de casos de pedofilia e desvio de recursos no Vaticano.
Um nome que também surge no cenário é o do cardeal francês, arcebispo de Lyon, Philippe Barbarin. Dom Odilo é mencionado como o cardeal que tem o respeito da Cúria da Igreja, embora não conte, segundo o jornal, com votos entre os outros cardeais brasileiros. O La Republica lembra que, em 2011, o escolhido para presidir a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil foi dom Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida.
Edição: Graça Adjuto
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