Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Religiosos, políticos e representantes da sociedade civil se ofereceram para mediar um acordo entre o governo da Colômbia e o Exército da Libertação Nacional (ELN) na tentativa de libertar oito reféns. No grupo dos sequestrados estão cinco estrangeiros e três colombianos. No último dia 18, o ELN, segunda maior guerrilha do país atrás apenas das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), sequestrou o grupo.
De acordo com dados oficiais, no grupo estão os geólogos peruanos Javier Leandro Ochoa e José Antonio Mamani, o canadense Jernot Wobe, e três colombianos: William Batista, Manuel Zabaleta, e um terceiro que não teve o nome revelado. Os oito reféns são funcionários da empresa Geo Explorer que atua na região de Norosi, no estado de Bolívar, Norte da Colômbia.
O ELN informou ainda que estão sob o seu poder os alemães Breur Uwe e Breuer Günther Otto. Segundo a guerrilha, ambos são “espiões” e foram capturados em Catatumbo, na fronteira com a Venezuela. A Embaixada da Alemanha na Colômbia confirmou que os dois cidadãos são aposentados e faziam turismo quando foram sequestrados.
Integrantes do ELN disseram estar disponíveis para negociar com o governo colombiano. Porém, para as autoridades do país, o início das negociações está atrelado ao fim dos sequestros promovidos pela guerrilha. O Exército da Libertação Nacional tem aproximadamente 2,5 mil integrantes e atua no país há 40 anos, principalmente na fronteira com a Venezuela.
Colocaram-se à disposição para mediar um acordo os ex-candidatos à Presidência da República da Colômbia Horacio Serpa e Antonio Navarro; o ex-procurador Jaime Bernal Cuéllar, os padres Echeverri Gabriel Izquierdo e Mario Gómez, entre outras pessoas.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa // Edição: Juliana Andrade