Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A decisão da Petrobras de reajustar o preço da gasolina em 6,6% em suas refinarias já pesa no bolso do consumidor das zonas norte, oeste e sul da cidade. Diferentemente das previsões do governo, e do próprio Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes e de Lojas de Conveniência do Município do Rio de Janeiro (Sindicomb), o aumento variou de 3% a 10,6% conforme apurou a Agência Brasil.
Muitos dos revendedores varejistas, no entanto, ainda aguardam a chegada de nova carga de derivados para aumentar os preços. Mas outros já reajustaram o preço do combustível que está nas bombas e nos tanques de armazenamento. Em um posto localizado nas proximidades dos Arcos da Lapa, por exemplo, o litro da gasolina comum já é vendido a R$ 3,09. Antes, era R$ 2,86, uma variação de 7,44%. O funcionário encarregado de abastecer os carros informou à Agência Brasil que o posto ainda não havia recebido nova carga de combustível.
Em Botafogo, o motorista ainda conseguiu abastecer o carro por R$ 2,86 o litro. A expectativa entre a maioria dos donos de postos de gasolina, no entanto, é que até o próximo domingo os preços da gasolina sejam majorados na maioria dos revendedores da cidade.
A previsão do governo era que a alta nas bombas ficasse entre 4% e 4,5%. Já o Sindicomb previa uma variação um pouco maior: entre 4,5% e 5%. Há consenso entre alguns donos de postos ouvidos pela reportagem de que os preços que subiram acima das expectativas do governo e do sindicato acabem voltando para a margem prevista, e que o aumento fique em torno de 4,5%.
“O problema é que alguns comerciantes aproveitaram este primeiro momento, quando o consumidor ainda encontra-se confuso, para aumentar a sua margem de lucro e subiram o preço do litro do produto um pouco acima do necessário. Mas a própria concorrência vai acabar por forçá-los a baixar os preços”, admitiu um dono de um posto no Flamengo, que não quis se identificar.
Edição: Carolina Pimentel
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