Governo egípcio aprova lei que autoriza Mursi a empregar Forças Armadas na preservação da segurança

28/01/2013 - 12h16

Carolina Gonçalves
Repórter da Agência Brasil*

Brasília - O governo egípcio aprovou hoje (28) projeto de lei que autoriza o presidente Mouhamed Mursi a utilizar as Forças Armadas na “preservação” da segurança no país. A medida, que ainda precisa ser ratificada pelo Parlamento, vai permitir que o chefe de Estado utilize o apoio sempre que julgar necessário.

Mursi pediu ontem (27) que as forças políticas do país dialogassem em busca de uma solução para os atos de violência no Egito. O presidente eleito no final do ano passado ainda sugeriu um encontro entre as forças de oposição e do governo. Os apelos não surtiram efeitos. Os confrontos voltaram a ser registrados hoje de manhã na capital.

No início da manhã de hoje, Mursi decretou estado de emergência em Port Said, Suez e Ismailiya - as três províncias que registraram os atos de violência mais graves desde a sua eleição.

Partidos políticos e grupos revolucionários que compõem a oposição egípcia convocaram uma marcha pacífica em protesto aos atos de violência no país. Os manifestantes devem se concentrar na tarde de hoje (28) em frente à mesquita Sayida Zeinab, de onde seguirão até a sede do Senado, que atualmente responde por todos atos legislativos em função da dissolução da Câmara dos Deputados do país.

Antes do protesto, os opositores pretendem fazer uma oração coletiva pelos “mártires”, em um dos acessos à Praça Tahrir, onde foram feitas várias vítimas. O local se tornou símbolo da revolução que levou à queda do regime do ex-presidente Hosni Mubarak, que governou o país por quase 30 anos.

Representantes da oposição consideram os diálogos com o presidente egípcio, Mouhamed Mursi, um “desperdício de tempo”, já que as autoridades não assumiram a responsabilidade sobre o derramamento de sangue e não aceitaram formar uma força de salvação no país.

Segundo agências públicas de notícia, desde o último dia 25, uma série de atos de violência, em nome da revolução que derrubou o presidente Hosni Mubarak, deixou 47 mortos e centenas de feridos em todo o país.

* Com informações das agências públicas de notícia de Portugal, Lusa, e da Argentina,Telam

Edição: Davi Oliveira

Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir as matérias é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil