Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, recebe hoje (15) as propostas que visam a combater a violência no país e conter o uso de armas de fogo entre os norte-americanos. Desde dezembro, uma comissão especial estuda tais medidas. A iniciativa foi uma resposta ao massacre ocorrido, em dezembro, em Connecticut, na Costa Leste do país, quando 26 crianças e seis adultos foram mortos por um atirador.
As propostas devem envolver também mudanças no comportamento da sociedade civil norte-americana e da indústria do comércio de armas, o que tem provocado polêmica e discussões devido à falta de acordo. Um dos temas em debate é ampliar a exigência dos compradores de armas, como atestado de saúde mental.
Também está em discussão a possibilidade de proibir a venda de rifles de assalto nos Estados Unidos. A medida foi certificada pelo Congresso, em 1994, e expirou em 2004. Uma das dificuldades do governo no controle de armas de fogo esbarra na campanha liderada pela Associação Nacional do Rifle, que tem 4,2 milhões de integrantes.
De acordo com dados de organizações não governamentais morrem, em média, 85 pessoas todos os dias nos Estados Unidos em decorrência do uso de armas de fogo. Autoridades do governo disseram que há várias propostas em estudo sobre a questão da violência, envolvendo o uso de armas de fogo no país, no Departamento de Justiça.
Obama disse que passou um mês recebendo propostas de medidas para conter a violência no país e agora deve discuti-las com seu gabinete. O presidente acrescentou que as propostas incluem diferentes pontos de vista. Após debater o assunto com os assessores, uma proposta final será encaminhada ao Congresso norte-americano para análise e votação.
"Meu ponto de partida não é me preocupar com a política. Meu ponto de partida é me preocupar com o que faz sentido, com o que funciona, e com o que deveria ser feito para que nossas crianças fiquem seguras e que nosso nível de violência com armas seja reduzido", disse Obama ontem (14).
Ele destacou que as medidas poderiam incluir mais checagens de históricos criminais, um veto ao uso de armas de grande capacidade e limites de uso de cartuchos de munição de alta capacidade.
*Com informações da agência estatal de notícias de Cuba, Prensa Latina.
Edição: Talita Cavalcante