Akemi Nitahara
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O corpo de Adrielly dos Santos Vieira, de 10 anos, foi enterrado hoje (5) no Cemitério de Inhaúma, na zona norte do Rio. Ela foi atingida na cabeça por uma bala perdida e esperou mais de 8 horas por atendimento médico, porque o cirurgião plantonista faltou ao trabalho.
O caso da menina vítima de um tiro quando brincava na noite de Natal provocou reação das autoridades. O prefeito Eduardo Paes anunciou a implantação de controle biométrico de ponto nas unidades de saúde, para evitar esse tipo de falta.
“Independente dessa situação absurda, que infelizmente levou à morte de uma criança da nossa cidade, a despeito desse profissional - não sei nem se devo chamá-lo assim -, era compromisso de campanha implantar o ponto biométrico para ter controle dessas situações”, disse.
Eduardo Paes afirmou que os plantões dos hospitais permanecerão com um neurologista, ao contrário do argumento, que ele chamou de “corporativista”, segundo o qual deveria ter mais de um médico dessa especialidade no plantão.
“Um sujeito pouco profissional como esse neurologista teria tomado um 'pé no traseiro' caso fosse servidor de uma Organização Social (OS), porque teria um contrato de celetista, com direito a décimo terceiro, fundo de garantia, férias e se trabalhasse receberia, se não fosse trabalhar, um abraço, disse.
O prefeito informou mandará investigar o caso: “Agora eu tenho que abrir um inquérito, apurar. Vai demorar, não sei quanto tempo, para ver se ele vai ser demitido a bem do serviço público ou não. Porque é aquela história, se não está satisfeito, acha o salário baixo, sai do serviço público”.
Os médicos suspeitos omissão de socorro foram ouvidos na Delegacia de Polícia Civil do Méier. A investigação sobre o tiro que atingiu a menina Adrielly é conduzida pela Divisão de Homicídios, porém ainda não há informações sobre suspeitos.
Edição Beto Coura