Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O físico Luiz Pinguelli Rosa, diretor do Instituto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ), elogiou a destinação dos royalties futuros do petróleo para a educação. A medida foi determinada hoje (30) pela presidenta Dilma Rousseff, ao vetar parcialmente o Projeto de Lei 2.565/11, que redistribui os valores arrecadados com a extração do petróleo.
“Acho justo o direcionamento para a educação dos royalties futuros, basicamente do pré-sal. Houve uma pulverização em alguns municípios em atividades e aplicações que não eram prioritárias do ponto de vista social.”
Pinguelli ocupou a presidência da Eletrobras durante o primeiro governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e atualmente está à frente da Coppe-UFRJ, uma das principais instituições de pesquisa do país, principalmente na área de petróleo e energia. No local, a Petrobras mantém, em parceria com a UFRJ, o seu principal centro de pesquisa e desenvolvimento.
“A educação tem uma prioridade enorme, embora também haja necessidades na saúde, na ciência e na tecnologia. Mas é preferível aplicar tudo na área de educação do que a pulverização, como vinha ocorrendo antes. É preciso um esforço grande para que o Brasil retome o rumo de seu desenvolvimento industrial. Isso vai evitar as doenças do petróleo, de viver de renda e não prestar atenção ao futuro.”
O diretor da Coppe-UFRJ considerou justa a decisão de Dilma. “A presidenta, ao manter a distribuição dos recursos das áreas de concessão que já estão em vigor, favoreceu esses municípios. Ela foi salomônica. Foi uma decisão positiva, pois o que o Congresso havia aprovado era injusto.”
Edição: Fábio Massalli