Sósia de Barack Obama faz a festa dos que não foram convidados para a posse de Joaquim Barbosa

22/11/2012 - 18h27

Iolando Lourenço e Ivan Richard
Repórteres da Agência Brasil

Brasília - O dia de hoje (22) foi especial para o garçom José Maria da Silva Couto. Morador da cidade de São Sebastião, região administrativa do Distrito Federal a cerca de 30 quilômetros do centro de Brasília, ele começou cedo a se preparar para uma festa da qual não foi convidado. Caracterizado como o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o garçom de 58 anos foi um dos que ficaram do lado de fora do Supremo Tribunal Federal (STF) durante a posse do ministro Joaquim Barbosa como presidente da Corte.

Terno preto, faixa presidencial com as cores da bandeira norte-americana, José Maria disse que se sentia homenageado com a chegada do primeiro negro ao comando do STF. Ainda mais porque seu pai nasceu na cidade de Paracatu, cidade natal de Joaquim Barbosa. “Vim prestigiar a posse do ministro. Meu pai é da mesma cidade dele, e é uma honra ver alguém simples como ele chegar à presidência do Supremo”, disse.

Longe das grandes personalidades do país, como a presidenta Dilma Rousseff, que acompanharam a cerimônia do plenário da Corte, o sósia do presidente Barack Obama roubou a cena na parte externa do Tribunal. Várias pessoas pediram para tirar fotos ao seu lado. “Me acho parecido com o Obama e me sinto feliz em alegrar as pessoas. Minhas filhas adoram, e riem demais de mim”, disse.

A posse de Joaquim Barbosa também motivou manifestações em defesa das cotas para negros em concursos públicos. Representes da organização não governamental Educafro fixaram uma faixa em defesa das cotas, na cerca instalada para limitar o acesso de pessoas ao Supremo.

Um grupo de aprovados no último concurso para agente da Polícia Federal também aproveitou o evento para reivindicar a contratação. “A gente veio aqui para ser visto. Queremos ser recebidos pelo ministro da Justiça [José Eduardo Cardozo]”, disse Wagner Teixeira Vieira, um dos aprovados que esperam ser contratados. “O deputado Protógenes tem nos ajudado, mas ainda não conseguimos ser recebidos”, completou.

 

Edição: Aécio Amado