Débora Zampier
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O ex-vice-presidente do Banco Rural, Vinícius Samarane, foi condenado hoje (14) a oito anos e nove meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é o último réu do núcleo financeiro da Ação Penal 470, o processo do mensalão, que teve a pena fixada pela Corte. Na época dos crimes, Samarane era diretor do banco.
Samarane teve penas mais leves que os outros réus do Banco Rural porque foi condenado por dois crimes: lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta de instituição financeira.
Prevaleceram, por maioria, os votos propostos pelo relator Joaquim Barbosa. Por ter passado de oito anos, a pena deve ser cumprida, inicialmente, em regime fechado. As multas somam cerca de 230 dias-multa de dez salários mínimos cada, que totalizam R$ 598 mil em valores não atualizados.
A sessão foi encerrada logo em seguida. Os ministros chegaram a votar a pena do advogado Rogério Tolentino para o crime de lavagem de dinheiro, que ficou indefinida nas sessões anteriores. O item não pôde ser concluído pois apenas cinco ministros votaram - três já haviam deixado o tribunal e os demais disseram que não trouxeram os votos.
A sessão da próxima segunda-feira (19) foi cancelada, e o julgamento será retomado na quarta-feira (21). Após o caso de Samarane, os ministros começam a analisar as penas dos réus ligados ao grupo de parlamentares do Congresso Nacional, o último núcleo da dosimetria.
Confira as penas aplicadas ao réu Vinícius Samarane (ex-diretor do Banco Rural):
1) Lavagem de dinheiro: cinco anos e três meses de prisão +130 dias-multa
2) Gestão fraudulenta de instituição financeira: três anos e seis meses de prisão +100 dias-multa
Edição: Carolina Pimentel//Título e texto alterados às 20h49 para correção de informação