Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil (SMSDC) realizou na noite de hoje (30) um exercício simulado de desocupação em caso de chuva forte na Comunidade da Formiga, na Tijuca, zona norte do Rio. A iniciativa tem como objetivo capacitar a população para agir de forma segura em situações de grande dificuldade, com pouca visibilidade e em horário de maior probabilidade de temporais.
O exercício foi o primeiro a ser realizado à noite em todo o país e o segundo feito na comunidade. Segundo o subsecretário de Defesa Civil do Rio, Márcio Motta, o simulado foi realizado por volta das 19h, pois as previsões meteorológicas geralmente indicavam a ocorrência de pancadas de chuva para o período que vai do fim da tarde ao início da noite.
“Estamos buscando estar o mais próximo possível da realidade, logicamente sem o evento de chuva acontecendo, mas com o acionamento da mesma sirene que vai tocar no dia chuva, no horário mais aproximado possível do fenômeno”, disse o subsecretário. A comunidade foi uma das mais atingidas pelas fortes chuvas de abril do ano passado.
Participaram da ação, moradores de cerca de 400 residências instaladas em áreas de risco da comunidade. Cerca de 70 pessoas, entre agentes comunitários, técnicos da Defesa Civil e voluntários, prestaram orientaram à população.
De acordo com Motta, a Defesa Civil está realizando exercícios nas comunidades que possuem o Sistema de Alerta e Alarme, acionado nos casos em que as chuvas atinjam níveis críticos. Segundo a secretaria, no ano passado, o sistema foi instalado em 66 comunidades, beneficiando cerca de 17 mil famílias. Em 2012, outras 36 comunidades tiveram o equipamento instalado.
O Morro da Formiga tem o sistema de alarme desde janeiro do ano passado. Segundo o subsecretário, cada morador de áreas de alto risco previamente mapeadas pelo Instituto de Geotécnica do Rio de Janeiro (Geo-Rio) recebe informações sobre o que fazer caso a sirene seja acionada.
“A estratégia é nova para a prefeitura, que dirá para esses moradores que não estão acostumados com a cultura da prevenção, que não esperem acontecer para reagir. Por isso, é fundamental o exercício, a simulação, para que a gente alcance nosso objetivo, nosso bem maior que é salvar vidas”, disse o subsecretário.
Motta explicou que os locais considerados seguros podem ser os pontos de apoio previamente determinados pela prefeitura e pela Defesa Civil dentro da própria comunidade, além da casa de um parente ou amigo que esteja fora da área de risco.
“Para o simulado é fundamental a presença de pelo menos um morador de cada residência, que vai ser o líder da desocupação da família. Ao ouvir a sirene, é preciso manter a calma, pegar os documentos pessoais. Se a pessoa tomar remédios controlados, deve levá-los, desligar a luz, fechar o gás e ir para um lugar seguro”, disse Motta.
Edição: Fábio Massalli