Gabriel Palma
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A Paradinha, campanha lançada hoje (10) pelo Ministério das Cidades, tem as crianças como protagonistas: elas é que vão conscientizar os pais e adultos a cumprir as leis do trânsito, para reduzir o número de mortes de crianças em acidentes viários. As principais preocupações são com aqueles que consomem bebida alcoólica e pegam o carro, usam o celular enquanto dirigem e andam em alta velocidade.
A iniciativa vai ao encontro da meta da Organização das Nações Unidas (ONU) de reduzir pela metade o número de mortes no trânsito até 2020. Segundo o Sistema Único de Saúde (SUS), quase 2 mil crianças morrem por ano em acidentes de trânsito no Brasil.
“Quando o pai for beber, é preciso que a criança diga: 'Parou!' Quando for falar ao celular: 'Parou!' Quando for correr: 'Parou!'”, disse o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, ao lançar a campanha. Um pai que leva uma criança no carro não é responsável apenas pela própria vida, mas também pela vida dela, destacou Ribeiro."Se ela chamar a atenção dele, ele vai se sensibilizar para as leis”, acredita o ministro.
A campanha, que faz parte do Parada – Pacto Nacional pela Redução de Acidentes, abordará também a dor dos pais que perderam filhos em acidentes automobilísticos.
O piloto de kart Pedro Cardoso, de 13 anos, conhece a diferença entre seu hobby de corrida e a direção na cidade. “Nas ruas, é preciso seguir as leis urbanas: não falar ao celular, não tirar os olhos da pista e dirigir com as mãos no volante.”
Valdeno Brito, campeão de Stock Car, elogiou a campanha e ressaltou a diferença entre uma corrida de Fórmula 1 e a direção no trânsito. “Se a pessoa quer correr, ela pode fazer um esporte. Andar acima dos limites de velocidade na cidade pode causar um acidente grave.”
As crianças que assistiram ao lançamento da Paradinha também conheciam bem as regras básicas do trânsito. Karen, de 7 anos, disse que atravessa a rua sempre na faixa de pedestre. “Tem que dar sinal quando os carros estão passando ou então esperar”, explicou.
Lucas, de 8 anos, concordou com Karen sobre o uso da faixa, mas alertou que é preciso ter cuidado porque alguns adultos cometem abusos: “Uma mulher quase atropelou a gente”.
O ministro Aguinaldo Ribeiro pediu que as crianças deem um basta para aos adultos irresponsáveis e elas concordaram prontamente.
Dois filmes serão veiculados nacionalmente como parte da campanha, que inclui ainda a distribuição de peças de apoio em diferentes formatos e meios.
Edição: Nádia Franco