Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O ex-presidente do Peru Alberto Fujimori (1990-2000), de 74 anos, vai pedir ao governo do presidente Ollanta Humala a concessão de indulto. Na prática, o pedido é para o perdão pelos crimes de corrupção e contra a humanidade. Fujimori cumpre pena de 25 anos de prisão, na sede da Direção de Operações Especiais (Diroes) da Polícia Nacional, e faz tratamento para a cura de um câncer na boca.
O médido Alejandro Aguinaga, que trata o ex-presidente, disse que o pedido será encaminhado após a 3ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo América do Sul–Países Árabes (Aspa), que está sendo realizada em Lima. Parentes, amigos e simpatizantes de Fujimori apelam para a concessão de indulto, alegando que o ex-presidente precisa de tratamento médico específico. O argumento que sustenta o pedido é de “razões humanitárias”.
O primeiro-ministro do Peru, Juan Jimenez, disse que os relatórios médicos são considerados essenciais para a decisão de Humala. Ele disse que é “prematuro especular” sobre a decisão que será tomada pelo governo: "[O assunto] será analisado sob o ponto de vista médico". Jimenez negou que o governo sofra pressão da família, dos amigos e simpatizantes de Fujimori.
Jimenez informou que uma comissão vai analisar os documentos apresentados por Fujimori. Advogados e defensores de direitos humanos delimitam que o indulto não deve ser concedido em casos de crimes contra a humanidade, como os de que Fujimori é acusado. Para eles, é necessário apelar para a jurisprudência nacional e até internacional para justificar a concessão.
*Com informações da agência estatal de notícias de Cuba, Prensa Latina e da emissora multiestatal de televisão, Telesur.
Edição: Graça Adjuto