Ivan Richard e Iolando Lourenço
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - Uma coletânea de gravações em vídeo apreendida durante a Operação Monte Carlo, em 29 de fevereiro, pela Polícia Federal (PF) na casa do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, acusado de explorar jogos de azar, foi entregue hoje (24) à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira.
A operação resultou na prisão de Cachoeira e integrantes da organização criminosa que comandava casas de jogos em vários municípios de Goiás. O material entregue hoje contém 270 CDs, um DVD. Entre as gravações, está a que aparece o prefeito de Palmas, Raul Filho (PT), negociando com o contraventor.
Na semana passada, um grupo de parlamentares que integram a CPMI esteve com diretores da Polícia Federal, em Brasília, solicitando o envio das gravações apreendidas na casa de Cachoeira e em imóveis pertencentes a outros integrantes da quadrilha.
Os vídeos foram liberados com um ofício, assinado pela delegada Silvana Helena Viera Borges, informando que consta entre os documentos relatórios de análise do material apreendido, laudos periciais e cópias das mídias.
A secretaria da CPMI informou que o material ficará em um cofre e que, a partir da próxima semana, estará disponível para consulta dos membros da comissão. Uma equipe de técnicos do Senado atualizará os 12 computadores da sala do cofre da CPMI para permitir aos parlamentares o
acesso aos dados.
Na próxima terça-feira (28) a CPMI se reunirá para ouvir o depoimento do ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Luiz Antonio Pagot e do empresário Adir Assad, acusado de ser o dono de empresas de fachada. Na quarta-feira (29), serão ouvidos o ex-dono da Delta Fernando Cavendish e do engenheiro Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, ligado ao PSDB de São Paulo.
Edição: Aécio Amado