Da Agência Brasil
Brasília - Os servidores públicos federais, em greve há 41 dias, fizeram uma distribuição de panfletos para explicar à população os motivos que levaram as categorias à greve. O ato aconteceu hoje (30) na Rodoviária do Plano Piloto, área central de Brasília. O local concentra a maior movimentação de pessoas na capital federal.
A vice-presidenta da Central Única dos Trabalhadores no Distrito Federal (CUT-DF), Cleusa Cassiano, explicou que a ação de hoje busca dialogar com a população sobre a greve. “O ato de hoje é para dar visibilidade ao movimento junto à população. Estamos desde maio esperando uma posição do governo e até agora nenhuma proposta foi apresentada”.
A Agência Brasil ouviu os pedestres abordados pelos manifestantes. As opiniões com relação à greve foram divergentes, mas a maioria concorda que é direito dos servidores fazer paralisações, embora considere que a movimentação prejudica a população.
Para a estudante de fisioterapia Viviane Poncilio, a legalidade da greve é inquestionável, mas ainda assim critica o movimento. “A greve é um direito dos trabalhadores, mas esses servidores aí ganham acima da média do que ganha um trabalhador comum. Não acho que eles devam entrar em greve por mais dinheiro”, disse.
Bianca Gomes, atendente de telemarketing concorda com a posição de Viviane. “É um direito deles. Eu, por exemplo, quero aumento e eles também. O ruim é que o não trabalho deles prejudica muita gente”, afirma. Para ele, o maior prejudicado é a população. “Acho que uma greve tão longa assim é ruim para o governo, para os trabalhadores e, principalmente, para a população”.
Hoje o Ministério do Planejamento sinalizou que não apresentará a proposta de reajuste aguardada pelos servidores federais, prevista para ocorrer amanhã (31). O órgão enviou ofício à Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) suspendendo as reuniões previstas para esta semana.
Os servidores em greve programam para amanhã (31) uma grande manifestação na Esplanada dos Ministérios com a participação do todas as categorias que aderiram à paralisação.
Edição: Davi Oliveira