Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O economista Ivan Ramalho, ex-secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, será o novo alto representante do Mercosul. O nome dele foi apresentado hoje (30), pelas autoridades brasileiras, e aprovado pelos ministros das Relações Exteriores da Argentina, do Paraguai e da Venezuela. Ramalho recebeu voto favorável de todos os presentes na reunião de chanceleres do bloco, no Itamaraty.
O mandato de Ramalho terá a duração de um ano e meio. Ele pode ser reeleito uma vez para mais três anos de mandato. Como ex-secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Ramalho acompanhou de perto várias negociações relativas ao Mercosul. Uma das mais polêmicas envolveu o setor automotivo do Brasil e da Argentina, em 2011.
O alto representante do Mercosul é o responsável pela interlocução com os negociadores externos, como empresários, países fora do bloco, universidades e demais interessados em aproximação com o grupo. Antes de Ramalho, o alto representante do Mercosul era o embaixador brasileiro Samuel Pinheiro Guimarães, que foi secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Os ministros das Relações Exteriores Antonio Patriota (Brasil), Héctor Timerman (Argentina), Luis Almagro (Uruguai) e Nicolás Maduro (Venezuela) aprovaram a indicação de Ramalho durante reunião no Itamaraty na tarde desta segunda-feira.
A reunião dos chanceleres antecede a solenidade que oficializa a incorporação da Venezuela no Mercosul. A cerimônia ocorrerá amanhã (31) pela manhã, no Palácio do Planalto.
Com o ingresso da Venezuela, o Mercosul contará com uma população de 270 milhões de habitantes (70% da população da América do Sul), registrando um Produto Interno Bruto (PIB) a preços correntes de US$ 3,3 trilhões (o equivalente a 83,2% do PIB sul-americano) e um território de 12,7 milhões de quilômetros quadrados (72% da área da América do Sul).
Edição: Lana Cristina