Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), divulgou nota, no início da noite de hoje (8), negando que tenha feito empréstimos diretamente à empresa Delta Construções. O banco rebateu informações de reportagem publicada nesta sexta-feira, pelo jornal O Estado de S. Paulo, que sustenta ter havido repasse de R$ 139 milhões, entre 2010 e 2012, do BNDES para a empreiteira.
O dinheiro, segundo o jornal, seria a metade do total emprestado à empresa, no valor de R$ 249,7 milhões. A Delta é suspeita de ter ligações com Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, pivô de uma comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) no Congresso. Mas, segundo o BNDES, os empréstimos foram feitos por outros agentes financeiros.
Na nota, o banco argumentou que as operações mencionadas na reportagem resultaram “de cerca de 700 financiamentos contratados no Produto BNDES Finame [comercialização de máquinas e equipamentos], operacionalizado na modalidade indireta automática, por meio de agentes financeiros [bancos comerciais], repassadores de recursos do BNDES aos mutuários.”
Segundo o BNDES, os agentes financeiros assumem integralmente o risco das operações, “sendo os responsáveis por efetuarem a análise cadastral e financeira dos mutuários, decidindo pela concessão ou não dos recursos.”
Em caso de falta de pagamento do tomador de empréstimo, o BNDES garantiu que os recursos públicos não sofreriam qualquer prejuízo, já que o agente financeiro continuaria obrigado a reembolsar os valores repassados.
O banco esclareceu ainda que suspendeu as operações com a empresa. “A partir do surgimento das denúncias contra a Construtora Delta, este banco, imediatamente, suspendeu a análise de qualquer operação relacionada à referida empresa, tendo recomendado a todos os seus agentes financeiros que fosse adotado o mesmo procedimento.”
Edição: Lana Cristina