Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de continuar a política de redução da taxa básica de juros (Selic) é acertada, pois “o cenário externo adverso” exige ações rápidas e estruturantes, e a queda dos juros “é componente essencial” nessas medidas, informou, por meio de nota, a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Além disso, a entidade ressalta que a inflação doméstica está em baixa, embora ainda um pouco acima do centro da meta de 4,5%, mas os reajustes de preços em menor ritmo proporcionam ambiente positivo para uma política monetária mais ativa. A CNI assinala, ainda, que a decisão do Copom também contribui para baratear o crédito, ajuda a retomada dos investimentos e o reaquecimento da demanda interna.
Ela adverte, contudo, que o afrouxamento da política monetária, iniciado em agosto do ano passado, deve ser acompanhado por “maior austeridade nos gastos públicos, de forma a não prejudicar o atual cenário inflacionário benéfico”.
A redução da Selic foi saudada também pelo presidente da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Júnior. Ele ressaltou que pela primeira vez o Brasil tem hoje uma taxa de juro real mais condizente com as taxas de economias maduras.
Para Pellizzaro Júnior, a decisão do Banco Central foi a mais acertada possível, e abre espaço para que instituições financeiras públicas e privadas deem seguimento ao movimento de baixas dos spreads bancários (diferença entre os juros pagos ao aplicador e as taxas cobradas do tomador). “Esse novo corte na Selic é um estímulo ao mercado doméstico”, disse.
Edição: Aécio Amado
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