Luciene Cruz
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Ao desembarcar hoje (9) em Washington, nos Estados Unidos, em sua primeira visita oficial ao país, a presidenta da República, Dilma Rousseff, leva na bagagem a consolidação econômica brasileira. A condição favorável de país emergente e a economia pujante, deixa o Brasil em posição vantajosa diante dos EUA.
Na avaliação do presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto Castro, a visita presidencial marca a retomada da relação comercial entre os dois países. “Desde 2000, esta é a primeira viagem com finalidades comerciais. Antes só havia participações dos presidentes em reuniões da ONU (Organização das Nações Unidas) e do FMI (Fundo Monetário Internacional)”, disse.
Castro destacou que o atual momento de crise econômica mundial favorece ainda mais a posição brasileira no mercado internacional. “O Brasil tem hoje sólida saúde financeira e é isso que tem gerado interesse de outros países. Os Estados Unidos são o maior mercado do mundo, temos que estar lá e nos aproximar do país porque estamos muito distantes. Temos que aproveitar que os Estados Unidos têm interesse no mercado brasileiro que é grande e crescente”, declarou.
Em 2011, o óleo bruto de petróleo foi o principal produto brasileiro vendido aos Estados Unidos. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), no período, as exportações brasileiras ao país somaram US$ 25,942 bilhões. O valor representou 10,1% de todos os embarques externos do Brasil, de US$ 256,040 bilhões. De janeiro a março deste ano, as vendas externas brasileiras aos Estados Unidos somam US$ 6,966 bilhões. Aumento de 7,5% ante o mesmo período do ano passado, US$ 4,940 bilhões.
Mesmo com o aumento, o Brasil continua com o saldo deficitário. Em 2011, as importações somaram US$ 34,225 bilhões. No acumulado dos três primeiros meses do ano, as compras dos EUA estão em US$ 7,735 bilhões. Déficit de US$ 769,5 milhões. O presidente da AEB acredita que a visita de Dilma é uma ótima oportunidade para aumentar a participação brasileira no mercado norte-americano. “A Dilma sabe bem que a relação de comércio exterior atual são negócios e não mais ideologia”.
Edição: Aécio Amado