Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A União Europeia cobrou hoje (3) das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) a libertação de todos os reféns mantidos em poder da guerrilha. Não há um número exato sobre a quantidade de reféns em cativeiro. Ontem (2), foram libertados dez policiais e militares. As negociações para as libertações têm sido feitas por integrantes do governo colombiano e do Brasil, organizações não governamentais e as Forças Armadas.
A chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, elogiou as libertações, mas lembrou que é necessário dar liberdade para os reféns que ainda são mantidos em cativeiro. “[Esperamos] uma libertação imediata e incondicional de todos os sequestrados civis”, disse ela, em comunicado, destacando a decisão da guerrilha de não mais fazer reféns.
Porém, Ashton ressaltou que a expectativa do povo colombiano é de a paz ser consolidada no país. “Uma paz sustentável em democracia e com o pleno respeito aos direitos humanos”, disse.
Ontem (2), dez policiais e militares mantidos reféns pelas Farc foram libertados. Eles estavam em cativeiro há mais de 12 anos. Aeronaves e equipes do Brasil ajudaram nos resgates, com o apoio do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).
A vencedora do Prêmio Nobel de 1998, a líder indígena da Guatemala Rigoberta Menchu, também participou das operações de resgate. Os dez policiais e militares estão em Bogotá, capital da Colômbia, para serem submetidos a exames médicos.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa//Edição: Graça Adjuto