Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – As operações de resgate de dez militares, mantidos sob poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) começam hoje (2) e acabam no dia 4. Haverá apenas um dia de interrupção entre uma etapa e outra. O Brasil participa dos resgates, assim como integrantes do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), do governo colombiano e de organizações não governamentais (ONGs).
A equipe, formada por 22 especialistas brasileiros, em duas aeronaves, e mais três integrantes da Cruz Vermelha, está em alerta desde sexta-feira (30). Os nomes dos reféns que serão liberados só vão ser anunciados momentos antes das operações, segundo os organizadores dos resgates.
A porta-voz da CICV no Brasil, Sandra Lefcovich, lembrou que é a quarta vez que brasileiros participam dos resgastes. Segundo ela, o Brasil dá o apoio logístico e técnico nas operações. De acordo com Lefcovich, as operações são complexas e delicadas.
Nas duas etadas da operação, dez reféns serão resgatados. Essas pessoas estão em poder das Farc há quase 14 anos, algumas foram capturadas em 1998 e outras em 1999. São quatro militares e seis policiais. O comando da guerrilha informou que são os últimos reféns em poder do grupo armado.
Do Brasil, serão utilizados dois helicópteros Cougar, do 4º Batalhão de Aviação do Exército, de Manaus, e equipes de apoio. O local de referência é Villavicencio, na Colômbia, de onde as equipes aguardam as orientações para partir em direção às áreas dos resgates. Da Colômbia, participarão dois integrantes da organização Colombianos e Colombianas pela Paz - um deles é a ex-senadora Piedad Córdoba.
No último dia 12, os governos do Brasil e da Colômbia , além do CICV, firmaram um protocolo de segurança e coordenação, definindo a suspensão e o cancelamento de atividades militares na área da missão humanitária.
Edição: Graça Adjuto