Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Uma equipe com 25 especialistas do Brasil e da Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) partiu hoje (30), por volta das 10h30, de Manaus (Amazonas) para São Gabriel da Cachoeira, na fronteira com a Colômbia. A viagem faz parte da primeira etapa das operações de resgate de dez militares, mantidos como reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
As operações de resgate ocorrerão nos dias 2 e 4, com intervalo de um dia. Os nomes dos reféns que serão liberados só vão ser anunciados momentos antes das operações, segundo os organizadores.
A porta-voz da CICV no Brasil, Sandra Lefcovich, disse à Agência Brasil que será a quarta vez que brasileiros participam dos resgastes. "Essa é a quarta operação humanitária que o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) faz na Colômbia com o apoio logístico e técnico do governo brasileiro. Ao longo dos anos, acumulamos juntos uma experiência muito importante, na qual o Brasil deu mostra de profissionalismo e dedicação em missões de extrema complexidade", acrescentou.
De acordo com a porta-voz, o trabalho do CICV é ser intermediário neutro entre as partes para o estabelecimento das condições de segurança, desenvolvendo ação humanitária e facilitando a coordenação de “todos os aspectos logísticos” para a liberação dos reféns.
Nessas operações serão dez reféns resgatados. Essas pessoas estão em poder das Farc há quase 14 anos, algumas foram capturados em 1998 e outras em 1999. São quatro militares e seis policiais. O comando da guerrilha informou que são os últimos reféns em poder do grupo armado.
Do Brasil, serão utilizados dois helicópteros Cougar, do 4º Batalhão de Aviação do Exército, de Manaus, e equipes de apoio. De São Gabriel da Cachoeira, o grupo sairá para Villavicencio, na Colômbia, aguardando as orientações para as operações que ocorrerão nos dias 2 e 4. Da Colômbia, participarão dois integrantes da organização Colombianos e Colombianas pela Paz - um deles é a ex- senadora Piedad Córdoba.
No último dia 12, os governos do Brasil e da Colômbia , além do CICV, firmaram protocolo de segurança e coordenação, definindo a suspensão e o cancelamento de atividades militares na área da missão humanitária.
Edição: Graça Adjuto