Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Ministério da Saúde do Uruguai negou responsabilidade nas 16 mortes atribuídas a dois enfermeiros do Hospital da Associação Espanhola de Socorros Mútuos e do Hospital Maciel. Por determinação do vice-ministro da Saúde, Leonel Briozzo, foram feitas ontem (19) inspeções nas duas instituições nas quais ocorreram as mortes. Briozzo ressaltou que "não houve falha no controle" do Ministério da Saúde.

As autoridades do Uruguai se colocaram em alerta depois da divulgação de informações de que dois enfermeiros são acusados de assassinar pelo menos 16 pacientes internados em unidades de terapia intensiva dos dois hospitais. Um deles disse, segundo testemunhas, que agiu por piedade em cinco casos.

Em meio às informações, o governo uruguaio anunciou várias medidas para evitar que situações semelhantes ocorram. Nos dois hospitais em que ocorreram as mortes, serão investigados e avaliados os processos de todos os pacientes submetidos a tratamento em ambas. Foram instauradas auditorias nos dois hospitais.

Também será criada uma unidade de informação e apoio para pessoas que queiram colaborar com as investigações sobre as 16 mortes. Na mesma unidade, funcionará um centro de apoio psicológico para as famílias afetadas e uma linha telefônica para receber queixas. Serão treinados profissionais de saúde para apoiar o tratamento de saúde mental.

A Comissão Nacional de Trabalho e Segurança do Paciente passará a atuar de forma permanente para atender os profissionais que têm reclamações sobre condições de segurança. O trabalho contará com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS).

*Com informações da agência pública de notícias da Argentina, Telam // Edição: Juliana Andrade