Minc defende estudo de análise de risco para exploração de petróleo em águas profundas

15/03/2012 - 19h37

Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Um novo vazamento no poço da Chevron na Bacia de Campos foi criticado hoje (15) pelo secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc. Segundo ele, o fato mostra, mais uma vez, a importância de um estudo de análise de risco, bem como a adoção de rigorosas medidas ambientais preventivas para atividades de perfuração de óleo no fundo do mar.

De acordo com Minc, existe uma suspeita inicial de que o vazamento detectado agora esteja vindo de fissuras no fundo do mar. “Nós vamos participar, acompanhando com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis [Ibama] e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis [ANP]. O estado do Rio não vai se omitir, como não o fez da outra vez. Ainda há fatos nebulosos. É preciso informar a causa desse possível vazamento, a quantidade, o ponto exato de onde estão saindo as borbulhas”, disse.

O secretário disse ter faltado transparência por parte da empresa quando do primeiro vazamento, em novembro do ano passado, em relação a sua real dimensão, e que as informações até agora disponíveis, neste segundo caso, são ainda insuficientes.

Segundo Minc, a Chevron precisa esclarecer se o atual vazamento tem relação com a vazamento ocorrido em novembro. “Nós já tínhamos advertido que o vazamento ocorrido na Bacia de Campos, em novembro do ano passado, não havia sido completamente resolvido. Além disso, a causa do acidente não foi completamente esclarecida. Naquela época, a Chevron foi informada de que havia uma fissura no fundo do mar. A empresa fez o encapsulamento de apenas parte da fissura, quando o correto era ter feito em toda a área”, disse o secretário, acrescentando que, se for necessário, vai sobrevoar a área afetada pelo novo vazamento.

 

Edição: Aécio Amado