Da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Treze militares acusados de integrar o movimento grevista dos bombeiros, iniciado no mês passado, foram exonerados hoje (13) da corporação. O anúncio foi feito pelo comandante do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, coronel Sérgio Simões. A exclusão dos militares da corporação foi atribuída a um conjunto de ações que tinham como objetivo promover a paralisação dos serviços do Corpo de Bombeiros.
Simões classificou como inaceitável a postura dos militares que aderiram à greve, que durou poucos dias. Ele disse ainda que outros militares serão julgados pelos mesmos motivos. “Nós temos um sargento e dois oficiais que estão sendo submetidos a conselho. Nós vamos aguardar o relatório conclusivo e vamos avaliar o nível de participação, o nível de gravidade, individualizando a conduta de cada um”, explicou.
Perguntado se considerava justo o salário dos bombeiros, Simões disse que a remuneração é compatível com a função desempenhada pelos militares. Ele destacou que, desde o ano passado, foram concedidos reajustes que, somados, chegam a 100%.
Os bombeiros também ganharam auxílio-transporte no valor de R$ 100, que será pago ainda este mês em uma folha suplementar. Já o reajuste que estava previsto para o final deste ano foi antecipado. “O governo vem atendendo às solicitações, tivemos a antecipação das parcelas [de reajuste] previstas para o fim do ano, da ordem de 12%. Para 2013, [o governo] já está anunciado um novo reajuste de 25% a 26%, no mês de fevereiro”, disse.
Os bombeiros que foram exonerados da corporação terão prazo de cinco dias para recorrer da decisão da Justiça Militar. Entre os militares punidos, está o cabo Benevenuto Daciolo, indicado como uma das lideranças que incitou a paralisação dos bombeiros no Rio de Janeiro. Daciolo foi preso quando voltava da Bahia, acusado de envolvimento com o movimento grevista da polícia daquele estado.
Edição: Lana Cristina